Há dias em que parece que não tenho nada debaixo dos pés, que estou prestes a cometer uma loucura e que tu estarás lá no fundo para me agarrar. Outros penso que sou só aquela amiga com quem tu contas em qualquer momento, quando me telefonas zangado, triste ou menos animado à procura de uma crítica ou de um conforto, como quando mudo de conversa e falo sozinha só por saber que assim te sentes melhor. Outros ainda penso que não sou nada, que te esqueceste de mim no meio de tantas memórias que ainda tens, que não sentes a minha falta, a falta de eu te mandar uma mensagem quando acho oportuno ou te ligo só para contar o meu dia. No fundo, eu sei que, se calhar, não te sou indiferente, porque se realmente fosse acredito que não reagirias assim, que não quererias tudo aquilo em que pensas e me confessas nas entrelinhas das nossas conversas. Por outro lado, sei que não me queres, que queres uma enorme amiga que deixa estas reticências até que um dia voltes até ao ponto final. Até lá, essas reticências não irão ter qualquer nexo, porque tu não me queres longe de ti e eu não me quero afastar. Mas serão umas reticências enormes, porque afinal somos apenas e somente os melhores amigos…
Take care of me, please... (you are able to do it)
Um abraço