domingo, 19 de julho de 2009

Reticências não são pontos finais

Acreditava eu que tudo na vida tinha um ponto final, que um dia diziamos “chega!” e os momentos acabavam e não passavam de memórias. Mas afinal quando tudo isto recomeçou eu tinha razão: aquilo que nós vimos foram reticências e não o ponto final que pensámos que há muito existia. Conheco-te, conheces-me, conhecemo-nos. Sabemos cada palavra antes de a dizer, cada abraço antes de ele vir. Sabemos conversar apenas com uma troca de olhares, agarrar as mãos e sentir aquela segurança. Pela segunda vez na nossa vida deixámos de falar, deixámos que qualquer coisa tentasse superar esta amizade, mas afinal ela era das melhores e quando eu voltei tu vieste comigo, deste-me a mão e disseste que me conhecias e sabias que um dia eu ia cair com os pés na terra e ia falar contigo. Tinhas razão. Voltei. Mas não voltei como esperávamos. E agora estamos num circulo, aquele circulo que mostra as reticências de uma amizade desde crianças pequeninas pequeninas pequeninas. Hoje, depois de tantas zangas e reconciliações eu continuo a conhecer-te como poucos, contínuo a ser o apoio naqueles dias menos bons, contínuo a imbirrar contigo, mas também a sorrir. E agora? Agora “onde Deus me levar”…

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