Às vezes, no silêncio da noite Eu fico imaginando nós dois Eu fico ali sonhando acordado, juntando O antes, o agora e o depois Por que você me deixa tão solto? Por que você não cola em mim? Tô me sentindo muito sozinho!
Não sou nem quero ser o seu dono É que um carinho às vezes cai bem Eu tenho meus segredos e planos secretos Só abro pra você mais ninguém Por que você me esquece e some? E se eu me interessar por alguém? E se ela, de repente, me ganha?
Quando a gente gosta É claro que a gente cuida Fala que me ama Só que é da boca pra fora Ou você me engana Ou não está madura Onde está você agora?
Quando a gente gosta É claro que a gente cuida Fala que me ama Só que é da boca pra fora Ou você me engana Ou não está madura Onde está você agora?
Durante a última semana na santa terrinha tive a fantástica oportunidade de poder rever durante mais do que cinco minutos muitas pessoas que foram importantes no meu crescimento e que contribuiram para que eu fosse como sou hoje. Por mais estranho que pareça mil vezes pensei na resposta a uma pergunta que nunca pensei q iria pôr a mim própria: “Será que eu pertenço aqui?”. Afastei-me, sim é verdade. Por culpa minha de certeza, dos outros também talvez. Deixámos de partilhar os mais pequenos momentos que fossem e hoje não é aqui que me sinto em casa, não é com estas pessoas que me identifico. Não apago os momentos que pássamos, não choro por achar que não aproveitei tudo aquilo que uma adolescente pode viver. Aqui fui feliz! Sem qualquer dúvida! Afirmo isto sem o menor receio. Mas a vida dá as maiores voltas e eu dei uma volta enorme, que me mostrou qualquer coisa que sempre sonhei, que me deu as maiores amizades, mesmo depois daquelas que tinha. Vivi as maiores alegrias, as maiores histórias, amores, desamores, aventuras e desventuras. Sonhei, corri, chorei, saltei de alegria, partilhei tristezas. Aqui tinha grandes amizades, aqui tinha tudo. Mas hoje, mesmo depois de tomar um café não deixo de sentir a falta das gargalhadas de alguém, as bacoradas de outras pessoas, as histórias de vida que se completam, as aventuras que se partilham. Não sei se quero pertencer a dois lugares, a duas vidas que nada têm em comum, porque afinal as pessoas são diferentes, os ambientes são diferentes e às vezes conhecemos algo que nos faz abandonar uma vida e começar tudo de novo, do zero e voltar a ser felizes mas desta vez em grande plano. Uma volta de 180º? Sim! Boa? Fantástica! Mas isso ainda me faz pertencer aqui? Ou são apenas histórias de uma vida?
Um dia largamos o orgulho que nos afasta e as birras de criança e sonhamos, vivemos, sentimos e sorrimos. Afinal ambos sabemos que por mais anos que passem, por maior que seja a tempestade, acabamos sempre por voltar a viver aquela loucura que nos une e separa desde crianças.
Um dia ... "um dia largamos tudo e fujimos juntos"
Pelos melhores e pelos piores momentos, pelas pessoas esquecidas e por todas as outras a quem me orgulho de dizer bom dia com aquele sorriso tão característico, pelas alegrias vividas, pelos sorrisos guardados, pelas lágrimas vistas, sou apenas uma pessoa que quer guardar fragmentos de uma vida com porquês e senãos, perguntas e respostas e acima de tudo histórias e instantes. Uma rapariga como tantas outras que sorri enquanto chora, mas que também chora enquanto sorri. Afinal, não se trata de uma capacidade de escrever diferente, porque o jeito, esse ficou perdido algures no passado nos tempos em que tudo se escrevia num papel, mas de um conjunto de sentimentos que se querem partilhar, sem ter vergonha de tudo aquilo que vivo, sou e faço. Porque, cada momento e um momento e … “não se vê, sente-se”.