quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aqui ou Lá?

Durante a última semana na santa terrinha tive a fantástica oportunidade de poder rever durante mais do que cinco minutos muitas pessoas que foram importantes no meu crescimento e que contribuiram para que eu fosse como sou hoje. Por mais estranho que pareça mil vezes pensei na resposta a uma pergunta que nunca pensei q iria pôr a mim própria: “Será que eu pertenço aqui?”. Afastei-me, sim é verdade. Por culpa minha de certeza, dos outros também talvez. Deixámos de partilhar os mais pequenos momentos que fossem e hoje não é aqui que me sinto em casa, não é com estas pessoas que me identifico. Não apago os momentos que pássamos, não choro por achar que não aproveitei tudo aquilo que uma adolescente pode viver. Aqui fui feliz! Sem qualquer dúvida! Afirmo isto sem o menor receio. Mas a vida dá as maiores voltas e eu dei uma volta enorme, que me mostrou qualquer coisa que sempre sonhei, que me deu as maiores amizades, mesmo depois daquelas que tinha. Vivi as maiores alegrias, as maiores histórias, amores, desamores, aventuras e desventuras. Sonhei, corri, chorei, saltei de alegria, partilhei tristezas. Aqui tinha grandes amizades, aqui tinha tudo. Mas hoje, mesmo depois de tomar um café não deixo de sentir a falta das gargalhadas de alguém, as bacoradas de outras pessoas, as histórias de vida que se completam, as aventuras que se partilham. Não sei se quero pertencer a dois lugares, a duas vidas que nada têm em comum, porque afinal as pessoas são diferentes, os ambientes são diferentes e às vezes conhecemos algo que nos faz abandonar uma vida e começar tudo de novo, do zero e voltar a ser felizes mas desta vez em grande plano. Uma volta de 180º? Sim! Boa? Fantástica! Mas isso ainda me faz pertencer aqui? Ou são apenas histórias de uma vida?

Um comentário:

  1. Às vezes dou por mim a pensar como é que a vida muda em milésimos de segundo. O tempo tem uma capacidade incrivel de alterar a existência dos seres humanos, hoje estamos aqui, amanhã quem sabe. Boas ou más, todas as mudanças atiram adubo para os nossos pés, fazem-nos crescer e fazem a nossa mente fluorescer. Tu encontraste um novo Eu num novo local. Eu não sai do mesmo local e encontrei um novo Eu também. Isso leva-me a crer que tudo isto não se deve ao sítio, mas sim às vivências, às pessoas e aos momentos. O que realmente te pertence, para sempre será teu, minha querida.


    Não te esqueças,

    "Nada se perde, tudo se transforma!"

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