Gosto de loucuras, pisar o risco, adrenalina. Sempre gostei. Experimentar o fruto proibido, fazer o impensável e o imaginável. E gostei. Gostei de fazer quilómetros até Coruche, Mora, Vendas Novas, fugir por caminhos que nem eu própria conhecia. Andar por estradas que nunca pisara antes, terras cujo nome desconhecia. Sair de casa a meio da noite com uma desculpa esfarrapada, enquanto corríamos por Porto Covo, sem pensar sequer em consequências e esquemas que organizámos para nos encontrar como dois desencontrados no meio de tanta gente conhecida que nem sabia de onde aparecíamos. Depois vinha o tempo da calma, do abraçar por entre as longas conversas. Sentava-me ao teu colo, como uma criança aninhada enquanto me abraçavas, para seres tu próprio derretido em mimos. Conversávamos durante horas. Conversávamos sobre tudo. Começávamos por qualquer coisa que tinha acontecido e acabávamos sempre num desabafo, num ponto de vista. E no fundo era quando nos conhecíamos melhor. E era tudo tão fantástico. Agora… agora não sei o que dizer. Ainda não estava preparada para avançar, mas estava a gostar de ver a nossa evolução, a nossa amizade a crescer de dia para dia e já me começava a habituar à tua presença. Não me posso zangar contigo, porque só fizeste o melhor para mim, mas não posso deixar de admitir a minha tristeza…Grande beijinho meu gordo
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Para além do Tejo
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